Um acordo histórico de US$ 375 milhões entre o Ultimate Fighting Championship e seus ex-atletas foi aprovado, pondo fim a uma batalha jurídica de dez anos sobre a remuneração dos lutadores. O caso Le v. Zuffa foi centrado em alegações de que o UFC, como a promoção dominante nas artes marciais mistas (MMA), suprimiu os salários dos lutadores entre 2010 e 2017. O acordo, que foi finalizado na terça-feira, 22 de outubro de 2024, sinaliza um momento importante para os lutadores, que há muito tempo buscavam restituição.
A ação judicial, inicialmente apresentada em 2014, trazia a alegação de que o UFC usou seu poder de mercado para criar condições contratuais injustas, mantendo os salários dos lutadores artificialmente baixos.
Se a promoção não tivesse chegado a um acordo, ela enfrentaria uma data de julgamento em fevereiro de 2025, com a possibilidade de passivos que chegariam à casa dos bilhões de dólares.
No início deste ano, os dois lados haviam concordado com um acordo de US$ 335 milhões em março, mas o juiz Richard Franklin Boulware II rejeitou a proposta em junho, considerando-a muito favorável ao UFC. O novo acordo, de US$ 375 milhões, apresentado em setembro, foi concebido para atender às suas preocupações. A aprovação do juiz Boulware na terça-feira agora abre caminho para os pagamentos aos lutadores envolvidos no caso.
O UFC divulgou uma declaração reconhecendo o acordo, afirmando: “A decisão de hoje é uma notícia bem-vinda para ambas as partes. Estamos satisfeitos por estarmos mais um passo mais perto de encerrar o caso Le” [4]. A promoção, de propriedade da TKO Group Holdings, está envolvida em uma briga judicial há anos, pois ex-atletas buscaram indenização pelo que descreveram como supressão injusta de salários durante seu tempo no UFC.
Fonte: Conjur