Coronavírus: Reunião da ANS focou no novo papel da Atenção Primária à Saúde

maio 28, 2020 | Regulatório

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e seus parceiros no Projeto Cuidado Integral à Saúde – Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Institute for Healthcare Improvement (IHI) e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade – realizaram no dia 21/05 reunião virtual sobre o tema “Atenção Primária à Saúde – APS em tempos de Covid-19”.

A reunião foi aberta pelo diretor sênior do IHI, Paulo Borem, e pela gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS, Ana Paula Cavalcante, que destacaram a importância do sistema de Atenção Primária à Saúde em um momento tão complexo quanto o da pandemia do Coronavírus. Para o diretor do IHI, o redesenho do sistema de APS é uma forma de se evitar a proliferação e o agravamento da doença e a consequente sobrecarga do sistema de saúde.

Na sequência, Ana Paula fez uma breve apresentação sobre os objetivos gerais e formas de participação do Programa APS e reforçou a necessidade de entender a qualidade em saúde como um conceito multidimensional voltado para o cuidado integral com o paciente. Em seguida, a coordenadora de indução à Melhoria da Qualidade Setorial da ANS, Katia Audi Curci, salientou que a pandemia trouxe à tona deficiências do sistema de saúde no Brasil. Ela abordou a utilização da telemedicina no atual contexto e finalizou destacando que a APS é a forma mais eficiente e equitativa de organização da atenção à saúde e que deve, portanto, ser preferencialmente disponibilizada pelas operadoras de planos de saúde aos beneficiários da saúde suplementar.

O encontro contou ainda com a participação de Eno Dias de Castro Filho, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que explicou como o telemonitoramento vem sendo utilizado. Ele destacou a importância da realização da prevenção quaternária (conjunto de ações que visam evitar danos associados às intervenções médicas e de outros profissionais da saúde) como forma de evitar as descompensações causadas por um monitoramento excessivo ou insuficiente que produz agravamentos à saúde e custos desnecessários ao sistema. Na sequência, Kirsten Meisinger, do IHI, discorreu sobre a experiência da Cambridge Health Alliance (CHA) nos Estados Unidos e como eles redesenharam sua rede de APS de forma a alinhar a estratégia de combate ao Covid-19 ao CHA, implementando o sistema de telemedicina para cerca de 90% das visitas ambulatoriais.

Ao final da reunião, os palestrantes responderam a uma série de perguntas quanto ao programa APS e suas formas de participação e certificação, as diferenças entre o telemonitoramento e a telemedicina e sobre as formas de definição de indicadores para implementação de um bom monitoramento.

Ana Paula Cavalcante encerrou o encontro agradecendo a participação de todos e informando sobre a retomada do cronograma do Programa Atenção Integral à Saúde – Projeto-piloto em APS.

Saiba mais sobre o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde e veja as apresentações e gravação da reunião virtual clicando aqui.

Fonte: ANS